OS DEÍSTAS TENTAM TRANSFORMAR A TEOLOGIA PROTESTANTE

Caros estudantes, leiam o texto a seguir:

O texto pode ser lido na íntegra na seguinte obra: OLSON, Roger E. História da teologia cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001, cujo tema da seção é: “Os deístas tentam transformar a teologia protestante”.

Todos os movimentos cujas histórias são contadas na presente seção têm uma coisa em comum: consideravam a Reforma Protestante incompleta ou, de alguma forma, errada, e procuravam completá-la ou corrigi-la. Cada movimento, com seus respectivos líderes, tinha sua própria visão do que estava errado no protestantismo dos séculos XVII e XVIII, bem como um programa diferente para corrigi-lo ou completá-lo.

Armínio e os remonstrantes reagiram contra o “endurecimento das categorias” promovido pela ortodoxia protestante, especialmente contra o tratamento escolástico que a teologia reformada deu à doutrina da predestinação. Os arminianos queriam corrigir a teologia reformada, tirando-a do caminho monergista e conduzindo-a rumo ao sinergismo evangélico.

O pietismo reagiu contra a “ortodoxia morta” no luteranismo pós-Reforma na Alemanha, especialmente contra a tendência de muitos teólogos de equiparar o cristianismo autêntico ao mero assentimento às fórmulas e sistemas doutrinários corretos. Queriam completar a Reforma enfatizando um componente negligenciado da soteriologia protestante: a experiência cristã da regeneração e da santificação.

Os puritanos e os metodistas, de modo muito diferente, esforçaram-se por completar a Reforma Protestante no cristianismo de língua inglesa. Os puritanos entendiam que o caminho correto encontrava-se em uma forma distintamente britânica de teologia e eclesiologia reformadas. Os metodistas traçaram um caminho de renovação que incluía a ênfase na experiência cristã da conversão e no ideal da perfeição cristã.

Surgiu outro movimento dentro do seio da teologia protestante da pós-Reforma, com uma visão inteiramente diferente de como melhor completar a Reforma Protestante.

Esse movimento enfatizava a autoridade da razão em todas as questões, inclusive na religião, e sonhava com uma religião universal e racional que superasse as lutas sectárias, a superstição e a autoridade arbitrária e irracional, introduzindo o cristianismo em uma nova era de paz, iluminação e tolerância.

Esse movimento, conhecido diversamente como religião natural ou deísmo, não possuía nenhum profeta ou fundador, tampouco uma organização formal. Seus seguidores eram relativamente poucos. Muitos porta-vozes do cristianismo protestante organizado condenaram-no como ateísmo e acusaram seus líderes de infidelidade. Apesar disso, o deísmo conseguiu deixar uma marca indelével no cristianismo e na religião em geral na Europa Ocidental e na América do Norte.

Muitos dos que despertaram e formaram o nacionalismo moderno na Grã-Bretanha, na França e nos Estados Unidos simpatizavam com o deísmo. Uma denominação pequena, porém influente, chamada unitarismo, foi fundada na Inglaterra e na Nova Inglaterra, no final do século XVIII, baseada sobretudo nessas ideias.

Apesar da grande oposição por parte de todos os ramos do cristianismo tradicional — inclusive dos outros movimentos reformadores — e apesar de não ter conseguido estabelecer o sonho de uma religião universal, natural e racional, o deísmo infiltrou-se sutilmente na trama e urdidura da teologia moderna ocidental, tornando-se um dos precursores do que veio a ser conhecido como teologia protestante liberal dos séculos XIX e XX.

O texto pode ser lido na íntegra na seguinte obra: OLSON, Roger E. História da teologia cristã. São Paulo: Editora Vida, 2001, cujo tema da seção é: “Os deístas tentam transformar a teologia protestante”.

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